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Soneto do Desmantelo Azul, de Carlos Pena Filho

Poema de um poeta recifense com um forte apelo pictórico. É uma boa leitura para começar o dia.


Soneto do Desmantelo Azul


Então, pintei de azul os meus sapatos por não poder de azul pintar as ruas, depois, vesti meus gestos insensatos e colori, as minhas mãos e as tuas.


Para extinguir em nós o azul ausente e aprisionar no azul as coisas gratas, enfim, nós derramamos simplesmente azul sobre os vestidos e as gravatas.


E afogados em nós, nem nos lembramos que no excesso que havia em nosso espaço pudesse haver de azul também cansaço.


E perdidos de azul nos contemplamos e vimos que entre nós nascia um sul vertiginosamente azul. Azul.



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