Certa vez recebi um desafio de uma amiga enfermeira: falar sobre enfermagem na forma de cordel.
O que seria de nós sem o apoio e o cuidado das enfermeiras e dos enfermeiros deste país? Muito obrigado pela sua dedicação.
Foi um desafio de respeito para mim, pois sei tão pouco – ou quase nada – sobre enfermagem. Ela tinha um trabalho para apresentar em uma certa disciplina na faculdade e a professora exigiu que o resultado da pesquisa fosse apresentado nesse formato poético. Parei por alguns instantes, fiz umas perguntas a ela e – não sei se prestou ou não – o resultado final é este que vocês podem conferir abaixo.
O que sei sobre enfermagem
Cara professora,
colegas de estudo
e demais que aqui estão,
Peço a vocês licença
Para falar de uma profissão
que é nobre em sua essência
E ajuda a salvar mais de um milhão.
Vamos discutir sobre a enfermagem
Uma sagrada profissão
Desde os primórdios da doença
Que o enfermeiro cede atenção
No hospital ajuda ao paciente
A ficar bom de coração.
Antes de iniciar,
Preciso de inspiração
Invoco os sagrados poetas,
Às ninfas faço alusão.
Preciso da ajuda de todos
Para com maestria
Falar de uma tão nobre profissão.
Para ser enfermeiro,
É preciso muito estudo
Amor acima de tudo
Cuidar do outro sobretudo
Pois um enfermeiro é ninguém
Se não tiver dedicação em tudo.
Enfermagem é cuidar, educar e orientar
Paciente, família e comunidade
Dessa forma é que se dá
Uma grande contribuição
À sociedade em que se está,
Estimulando o cuidado e a prevenção,
Trazendo qualidade de vida à população.
A enfermagem teve início
Nos primórdios da civilização
Desde que o homem é homem
Que existe essa profissão
Foi ajudando em casa
Que primeiro se cuidou da população.
Teve uma fase que até
A igreja estava no meio
Práticas de saúde mágico-sacerdotais
Vixe! Era um aperreio
Se misturava o que era do demônio
Com um simples devaneio.
Essa foi a fase do empirismo
Que foi antes da especulação filosófica
Mais tarde foi que surgiram
As escolas mais metódicas
Ensinavam a arte de curar
Foi no sul da Itália e Sicília
E depois começou a se espalhar.
O enfermeiro pode ser assistente,
Gerente e/ou pesquisador
Isso ele decide,
Às vezes, inspirado pelo professor
Contudo ele não sabe
Que na saúde e na pobreza
O salário é sofredor.
Eu estou no Osvaldo Cruz
Observando para aprender
É um desafio para mim
Mas hei de vencer
Há dias que só Deus
É capaz de me compreender.
No Osvaldo estudo semiologia,
Que é o mesmo que propedêutica.
Nela analisamos os sinais
E os sintomas das doenças animais.
Estudo também a semiotécnica
Ou técnicas do exame clínico
Que utilizo em minha prática médica.
No exercício da enfermagem,
Durante minha abordagem,
Faço tudo como esteta.
11 homens e um segredo
É assim nossa constituição
Somos uma equipe grande
Na qual todos entram em ação
Citarei todos os nomes
Por favor, prestem atenção.
Jacyara, Winny e Carolina
São três que o nome não rima.
Carmem, Débora e Wellinja
Pra rimar tem que ser um ninja.
Marcos Alexandre da Silva Ferreira
Esse passou na peneira
É o único homem do grupo
É o que está solto na bagaceira
Um homem entre dez mulheres
Pense numa zoeira!
Maria Tathiane, Bárbara e Fernanda
Mais três sem as quais nosso time não anda.
Por último tem Ericka Noêmia
A menina que é boêmia.
11 homens e um segredo?
Ninguém sabe o que a gente esconde
Mas os 11 estão revelados
Todos acima, nome a nome.
Agora finalizamos por aqui
Este singelo e humilde cordel
Esperamos que a professora e os colegas
Tenham gostado do que está neste papel
Agora eu me despeço,
Peço um aplauso caloroso
E à professora, um 10 de sucesso.
Esse foi um pouco
Do que eu sei sobre
Isso, a enfermagem, tenho dito.
Garanto que queria
Incluir mais que o que aqui foi dito
Liberdade para escrever
Só nas palavras que escolhi
Ou talvez, quem sabe
Nem nisso.
Eu tenho um espaço que devo
Respeitar neste papel
Inteligente será
Cumprí-lo e ser fiel. Melhor que falar um
“Kilo” e não ganhar uns
Aplausos ao final do meu cordel.
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