Na postagem de hoje vamos falar um pouco sobre ambiguidade.
Começamos com uma música, cuja letra pode soar um tanto ambígua para os mais maliciosos.
Ambiguidade é “a qualidade que um enunciado (ou palavra) possui de ser suscetível a duas ou mais interpretações semânticas” (Carvalho, 2003, p.58).
Quando utilizada de forma intencional, a ambiguidade se torna um importante recurso de expressão. Quando, porém, é resultado da má organização das ideias, ou do emprego inadequado de certas palavras, ou ainda de inadequação do texto ao contexto discursivo, ela pode gerar problemas para a comunicação.
Diferentemente da linguagem oral, que conta com certos recursos para tornar o sentido preciso, como gestos, expressão facial e corporal, repetição etc., a linguagem escrita conta apenas com as palavras e os sinais de pontuação. Por isso, é necessário empregar adequadamente as palavras para que seja possível obter clareza e precisão nos textos que produzimos.
Analise o enunciado abaixo:
“E se os russos atacassem agora? Perguntou certa ocasião Judith Exner, uma das incontáveis amantes de Kennedy, que, simultaneamente, mantinha um caso com o chefão mafioso Sam Giacana”.
Se for ignorado o que geralmente é pressuposto sobre a vida do ex-presidente americano Kennedy, será possível encontrar um trecho ambíguo no referido enunciado.
Observe o texto abaixo:
“As videolocadoras de São Carlos estão escondendo suas fitas de sexo explícito. A decisão atende a uma portaria de dezembro de 91, do Juizado de Menores, que proíbe que as casas de vídeo aluguem, exponham e vendam fitas pornográficas a menores de 18 anos. A portaria proíbe ainda os menores de 18 anos de irem a motéis e rodeios sem a companhia ou autorização dos pais” (Folha Sudeste, 06/06/1992).
Referências para pesquisa: CARVALHO, Nelly de. Publicidade: a linguagem da sedução. 3ª ed. São Paulo: Ática, 2003. CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português: linguagens. São Paulo: Atual, 2003.
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